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Por que o STF autorizou orçamento fora da meta para ressarcimento de vítimas da fraude do INSS - RD Foco

Governo vai abrir crédito extraordinário de R$ 3,2 bilhões; até agora, 1,8 milhão de beneficiários têm direito a receber valores de volta.

11/07/2025 às 10h25
Por: Jornalismo Fonte: GZH / Matheus Schuch
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Nos próximos dias, o Planalto vai editar uma Medida Provisória (MP) abrindo crédito extraordinário. Camila Hermes / Agencia RBS
Nos próximos dias, o Planalto vai editar uma Medida Provisória (MP) abrindo crédito extraordinário. Camila Hermes / Agencia RBS

O governo Lula recebeu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para utilizar recursos fora da meta fiscal para o ressarcimento de vítimas da fraude do INSS, disse nesta sexta-feira (11) o presidente do INSS, Gilberto Waller. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o dirigente explicou que o caso poderia gerar disputa judicial com futuras obrigações para a União. Por isso, a Corte decidiu que, assim como no caso dos precatórios e das Requisições de Pequeno Valor (RPVs), cabe a utilização de crédito extraordinário.

Até agora, 1,8 milhão de beneficiários estão aptos a receber o ressarcimento por descontos indevidos porque já venceu o prazo para que as entidades comprovassem o vínculo deles mediante autorização. Ao todo, há 3,8 milhões de contestações.

Nos próximos dias, o Planalto vai editar uma Medida Provisória (MP) abrindo crédito extraordinário de R$ 3,2 bilhões, recurso que deve ser suficiente para o ressarcimento de todos que tiveram descontos sem autorização.

— Foi homologado pelo STF a autorização de crédito extraordinário suficiente para arcar com o dano. Se o INSS não paga administrativamente, fatalmente os casos acabariam com demanda judicial, e pagamento de RPV e precatório já está fora da regra fiscal. Por ser uma questão similar, ocorreu este entendimento - explicou Waller.

A Justiça, segundo o presidente do INSS, já bloqueou R$ 2,8 bilhões das empresas investigadas. O caminho para que este dinheiro entre nos cofres da União, contudo, ainda é distante. Vai exigir longa disputa judicial.

Diante de 3,8 milhões de contestações, as entidades já apresentaram documentações que comprovariam o vínculo de 779 mil beneficiários. O INSS vê indícios de fraudes em parte do material, e já solicitou que haja apuração sobre falsificação de assinaturas e uso de autorizações fora das regras impostas em lei.

 
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