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Rio Grande do Sul em luto: Estação vive o dia mais triste de sua história após ataque em escola municipal; Polícia Civil segue com as investigações - RD Foco

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09/07/2025 às 09h45
Por: Depto de Jornalismo Fonte: Por Rodrigo Oliveira/Rádio Uirapuru
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Foto: Reprodução/Rádio Uirapuru
Foto: Reprodução/Rádio Uirapuru

Na manhã da última terça-feira (08), o pacato município de Estação, com pouco mais de 5 mil habitantes e localizado na região norte do estado, presenciou a maior tragédia de sua história. Um adolescente de 16 anos invadiu a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi e atacou três crianças e uma professora com um facão. Um óbito foi confirmado: trata-se do menino Vitor André Kungel Gambirazi, de 9 anos. As demais vítimas foram encaminhadas a hospitais e seguem em tratamento.

A reportagem da Rádio Uirapuru esteve ao vivo no local e acompanhou todos os detalhes dessa lamentável ocorrência. As informações apontam que o ataque foi cometido com uma arma branca do tipo facão. O agressor, conhecido da comunidade, teria pedido para entrar na escola afirmando que gostaria de entregar um currículo. Após ser autorizado a entrar, cometeu o ataque e ainda utilizou rojões para causar mais pânico.

O prefeito de Estação, Geverson Zimermman, lamentou profundamente o ocorrido e pediu orações para todas as famílias das vítimas, que carregarão esse trauma para sempre. Ele ressaltou que o agressor estava em tratamento psiquiátrico e, segundo o médico responsável, vinha reagindo bem à medicação. No entanto, conforme o prefeito, “nunca se sabe o que realmente se passa na mente de uma pessoa”. As aulas no município foram suspensas pelos próximos três dias, e a prefeitura se colocou à disposição para auxiliar nas investigações.

O comandante do CRPO Norte, Coronel Aguiar, afirmou que a Brigada Militar esteve presente no local desde o primeiro momento, junto com a Polícia Civil, e efetuou a apreensão do adolescente. Agora, o trabalho das autoridades é descobrir qual foi a motivação que levou o jovem a cometer o crime.

O coronel lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade às famílias e vítimas que sofreram com a tragédia. Ele destacou que, embora nada justifique o ato, é fundamental entender as circunstâncias em que tudo aconteceu, para que se possa prevenir casos semelhantes no futuro.

Uma das cenas mais marcantes dessa tragédia foi o momento em que uma vizinha da escola abriu o portão de sua casa para acolher os estudantes que tentavam fugir da violência. A senhora Elcinda Dalla Corte conversou ao vivo com a Rádio Uirapuru e contou que mora há 54 anos em frente à escola. Segundo ela, o bairro é sempre calmo, com janelas e portas abertas. Ao ouvir os gritos das crianças, pensou inicialmente que se tratava de um incêndio.

Ao sair para a rua, viu pelo menos 13 crianças chorando. Ela as abraçou e disse: “Venham com a vó, aqui em casa ninguém vai fazer mal a vocês”. Elcinda contou que acolheu todos, inclusive uma professora, em seu pátio e rapidamente fechou o portão, temendo que houvesse outros agressores ou que o autor do ataque estivesse armado com um revólver.

 

*Rodrigo Oliveira/Rádio Uirapuru

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