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Governo Leite pede autorização para destinar R$ 87,9 milhões de fundo da enchente à Procergs

07/07/2025 às 15h50
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Gaúcha ZH
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Sede da Procergs, prédio ao centro, ficou alagada em 2024. Foto: Renan Mattos / Agencia RBS
Sede da Procergs, prédio ao centro, ficou alagada em 2024. Foto: Renan Mattos / Agencia RBS

O governador Eduardo Leite encaminhou à Assembleia Legislativa projeto de lei que autoriza o aporte de R$ 87,9 milhões no aumento de capital da Procergs, empresa estatal responsável pelos sites e sistemas de tecnologia da informação do Estado. O recurso será proveniente do Funrigs, fundo criado para financiar a reconstrução do Estado após a enchente de 2024. O saldo do fundo é de R$ 3,743 bilhões.

O projeto tramita desde o dia 18 de junho e foi enviado em regime de urgência por Leite. A tendência é de que seja votado após o recesso de julho. O aumento de capital já foi aprovado em assembleia-geral da Procergs, da qual o governo é acionista majoritário.

Do valor a ser aportado, a maior parte (R$ 53,3 milhões) será aplicada na construção de um anexo entre a atual sede da Procergs e o Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre. A estrutura terá elevação de nove metros e abrigará os geradores, o quadro de força e fontes de alimentação. Esses equipamentos ficavam no subsolo, que foi tomado pela água durante a enchente de 2024.

Outros R$ 14,2 milhões são voltados à compensação de perdas e aquisições feitas emergencialmente durante a enchente, quando o data center ficou desligado por 23 dias, e R$ 20,4 milhões serão aplicados em um projeto chamado de "Disaster Recovery", que prevê a aquisição de ferramentas para proteger os dados armazenados pela Procergs em casos de desastres futuros.

O presidente da Procergs, Luiz Fernando Záchia, ressalta que os valores previstos podem ser abatidos nas licitações. Nessa hipótese, sobras de recursos serão devolvidas ao Funrigs.

— Estamos investindo em equipamentos para ter a garantia de que, na pior das hipóteses, a Procergs ficaria três dias fora do ar. E, se acontecerem outros desastres, estaremos protegidos e não terá o efeito que teve a enchente — afirma Záchia.

A bancada do PT apresentou uma emenda ao projeto, prevendo a publicação de relatório trimestral com informações sobre a execução das intervenções. Záchia diz que não há empecilho para acatar a emenda.

Em nota, a Secretaria da Reconstrução Gaúcha informou que a autorização do recurso, via Funrigs, "se deu para implementar projetos de recuperação da infraestrutura e desenvolvimento de resiliência voltados à estruturação e preparação para enfrentamento de calamidades e desastre de ordem climática, entre outros" e lembrou que a iniciativa está inserida no eixo Reconstrução do Plano Rio Grande.

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