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Especiais Paralisação geral

Produtores rurais organizam Paralisação Geral no dia 16 de junho

12/06/2025 às 11h06
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Rádio Máxima FM
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Mobilização de agricultores no trevo em direção à Palmitinho, em Tenente Portela, no dia 30 de Maio. (Foto: Marcelino Antunes / Jornal Província)
Mobilização de agricultores no trevo em direção à Palmitinho, em Tenente Portela, no dia 30 de Maio. (Foto: Marcelino Antunes / Jornal Província)

Na próxima segunda-feira, 16 de junho, o Rio Grande do Sul será palco de uma mobilização histórica. A partir das 8h da manhã, produtores rurais de todo o estado darão início a uma paralisação total com bloqueios nas rodovias estaduais (ERs) e federais (BRs), em uma ação coordenada que visa pressionar o poder público por soluções urgentes para o endividamento no campo.

A mobilização, que promete reunir diversos setores da sociedade, pede a securitização das dívidas dos produtores — medida que permitiria o refinanciamento de débitos com prazos mais justos e condições viáveis, possibilitando a permanência dos trabalhadores rurais na atividade produtiva.

“O campo gaúcho clama por apoio urgente e efetivo. Não estamos pedindo privilégios, estamos exigindo condições mínimas para continuar produzindo”, afirma um dos organizadores do movimento.

A ação inclui bloqueios em pontos estratégicos das rodovias do estado, com liberação apenas para emergências de saúde. Às 12h (meio-dia), haverá abertura temporária dos bloqueios, como forma de minimizar os impactos à circulação geral, mantendo o caráter pacífico e organizado do protesto.

Pontos de mobilização já confirmados na região

•    ERS-324, em Três Palmeiras
•    ERS-324, em Pontão
•    ERS-569, no entroncamento com a BR-386, em Sarandi

A expectativa é de que novos locais possam ser incluídos conforme a adesão de outros grupos rurais ao movimento.

Uma causa que vai além do campo

Os organizadores reforçam que esta não é apenas uma luta dos agricultores, mas de toda a população. A insegurança no campo pode provocar uma quebra na cadeia de abastecimento alimentar, com impactos diretos nos preços dos alimentos, na economia e na segurança alimentar da população urbana.

A mobilização está convocando o apoio de diferentes segmentos da sociedade, incluindo:

•    Caminhoneiros autônomos
•    Empresas e comerciantes locais
•    Cooperativas e cidadãos em geral
•    Autoridades políticas de todos os níveis
•    Associações, sindicatos e entidades representativas

Clima de tensão e solidariedade

Com os prejuízos acumulados pelas estiagens recorrentes, altas nos custos de produção e dificuldades de acesso a crédito, muitos produtores estão à beira da insolvência. O temor é que, sem medidas concretas do governo federal e estadual, haja um êxodo rural acelerado e a desestruturação de cadeias produtivas inteiras.

“Sem a base da produção alimentar, todo o estado corre o risco de colapsar. Estamos lutando pelo futuro do Rio Grande do Sul”, diz outro representante do movimento.

A expectativa é de que a mobilização chame a atenção das autoridades e gere a abertura de um canal de negociação eficaz com os produtores.

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