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Entrada da nova safra de arroz reforça cenário de baixa nos preços recebidos pelo produtor no RS - RD Foco

Indicador calculado pela Farsul registrou deflação de 2,2% em abril, na relação com o mês anterior.

03/06/2025 às 16h13
Por: Jornalismo Fonte: GZH / Carolina Pastl
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A produção estimada pelo IBGE é de 8,1 milhões toneladas, um volume 14% maior do que o registrado no ciclo anterior. (Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS)
A produção estimada pelo IBGE é de 8,1 milhões toneladas, um volume 14% maior do que o registrado no ciclo anterior. (Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS)

Os preços recebidos pelo produtor rural gaúcho, que acumulam uma redução de 6,08% neste ano, tiveram nova baixa em abril, de 2,2% sobre o mês anterior, aponta Índice de Inflação do Agronegócio calculado pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul). Um dos ingredientes que ajudou a compor esse recuo é a entrada da nova safra de arroz

Danielle Guimarães, economista da Farsul, pondera que há um movimento sazonal, com o fim da colheita safra de verão, mas enfatiza que o efeito maior vem das lavouras do cereal. A produção estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 8,1 milhões toneladas, um volume 14% maior do que o registrado no ciclo anterior.

— Houve um aumento de oferta que não foi acompanhado pela demanda — salienta ainda a economista.

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, reforçam essa variação negativa, sobretudo quando comparada com igual período do ano passado. Em abril, o preço médio da saca ficou em R$ 76,30. Há um ano, foi de R$ 101,91.

O consumidor, entretanto, continua a ver os preços subindo. O IPCA Alimentos apontou, no período dos últimos 12 meses, alta de 7,8% no preço dos alimentos. Para a economista, é um sinal de que a inflação está acontecendo em outros pontos da cadeia.

— Como no frete, mão de obra, energia elétrica — exemplifica Danielle.

Já o índice que calcula a inflação dos custos de produção registrou inflação de 0,55% em abril, mesmo com a queda no frete, que foi puxada pela redução no preço do diesel. O aumento da taxa de câmbio refletiu em maior preço de fertilizantes, e o aumento da taxa Selic impactou diretamente no financiamento do capital de giro, conforme a Farsul. Esses dois pontos somado mais do que compensaram a queda no combustível. Nos últimos 12 meses, o valor acumulado é de 5,30%. Esses números são resultado direto de aumentos em fertilizantes e frete.

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