A Justiça Eleitoral encerrou o inquérito contra o prefeito de Canoas, Airton Souza. Ele estava sendo investigado por suposta compra de votos desde outubro de 2024, quando veio à tona um vídeo em que o então candidato tirou um maço de dinheiro da calça e entregou a outra pessoa.
A PF já havia pedido o arquivamento no mês passado, e o caso aguardava pelo parecer final do Ministério Público, que optou pelo mesmo entendimento. Na terça-feira (13), o juiz eleitoral Régis Pedrosa Barros acatou o relatório do MP e arquivou o caso.
No parecer, o MP afirma que laudo pericial confirmou a autenticidade do vídeo, mas não identificou qualquer elemento que comprovasse a compra de votos.
"Em que pese a estranheza que as imagens causam, não vieram aos autos elementos que possam sustentar a existência de tal prática. (...) Enfim, ao menos até este momento, não foi possível extrair qualquer elemento que justifique a instauração da persecução penal, sob pena de se violar o princípio do devido processo legal e da justa causa", diz trecho do relatório.
Durante as investigações, os advogados que representam o prefeito, Ricardo Breier e Thiago Rafael Vieira, apresentaram conversas de WhatsApp comprovando que o dinheiro foi entregue para quitar um empréstimo particular. A partir das mensagens, a PF concluiu também que Airton e o homem, chamado William, mantinham transações financeiras desde 2023.
Em vídeo divulgado no Instagram, Airton comemorou a decisão, enfatizando que estava honrando um compromisso pessoal, do qual foi alvo de "acusações graves" baseadas em "um vídeo fora de contexto".
—Fui completamente inocentado porque não cometi crime algum. A verdade venceu e a justiça foi feita. Tentaram com isso manchar minha reputação e fazer um terceiro turno em Canoas. Já expliquei que o dinheiro no vídeo era meu, declarado no Imposto de Renda, e fruto do meu trabalho — diz o prefeito no vídeo.
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