A Polícia Civil fala em "vingança" e investiga "briga pessoal" como elementos que levaram ao assassinato de um vigilante na plataforma da estação Anchieta da Trensurb, na noite de terça-feira (13), em Porto Alegre. Marlon Celso da Costa, de 44 anos, foi espancado por um grupo formado por seis pessoas, segunda a Trensurb.
— Preliminarmente, podemos falar que é uma questão passional, no sentido de briga pessoal. Ocorreu um desentendimento em algum momento, que eu não posso dizer que dia foi, entre uma das pessoas responsáveis, direta ou indiretamente, pela morte do vigilante. Houve depois uma organização dele (do suspeito) com outras pessoas, um grupo de homens, para cometer essa vingança — afirmou o diretor do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, delegado Mario Souza, em entrevista nesta quarta-feira (14) ao Gaúcha Mais.
Os investigadores afirmam já saber quantas pessoas estão envolvidas no crime, mas não confirmam se são, de fato, seis indivíduos. Câmeras de segurança registraram a ação. Segundo Souza, não houve uso de facas ou armas de fogo na morte.
— Não houve esfaqueamento nem tiros. Foi uma morte brutal, por socos, pontapés e chutes. Segundo algumas testemunhas nos relataram, ainda pegaram a cabeça da vítima em algum momento e bateram com ela no chão —descreveu o delegado, destacando o requinte violento do ataque, o que chama a atenção da investigação.
Crime aconteceu na estação Anchieta, da Trensurb, na noite de terça.Marcos Pacheco / RBS TV
Marlon Celso da Costa era vigilante terceirizado da Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) e funcionário da empresa Star Service.
Conforme a Ceasa, no mesmo dia do crime, a equipe de vigilância abordou um homem que vestia um colete da central mas que não possuía a documentação necessária para atuar dentro do complexo. Ele foi convidado a se retirar e retornar no dia seguinte (nesta quarta-feira) para regularizar o cadastro.
Segundo a Ceasa, o vigilante foi abordado horas depois por esse homem, acompanhado de mais cinco indivíduos e espancado até a morte na plataforma do trem, por volta das 19h.
A polícia ainda não detalha se algum dos agressores tinham relação com a Ceasa.
Marlon Celso da Costa deixa esposa e três filhos.
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