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Empresário acusado de matar companheira com tiro no rosto em Porto Alegre vai a júri na quinta

13/05/2025 às 15h40
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Gaúcha ZH
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Débora Forcolén tinha 18 anos e deixou um filho que na época tinha um ano. Foto: Reprodução / Facebook
Débora Forcolén tinha 18 anos e deixou um filho que na época tinha um ano. Foto: Reprodução / Facebook

O empresário Marcelo de Oliveira Bueno, de 43 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri na próxima quinta-feira (15) pelo assassinato da companheira, Débora Forcolén. A jovem tinha 18 anos em maio de 2018, quando o crime aconteceu, no bairro Farrapos, zona norte de Porto Alegre.

Inicialmente, a sessão iria ocorrer em outubro do ano passado, mas foi reagendada para dezembro, data que também não se confirmou.

Bueno chegou a ser preso na época, mas, atualmente, responde ao processo em liberdade. Ele foi acusado pelo Ministério Público de feminicídio, por entender que a vítima foi morta no contexto de violência doméstica. A defesa alega que ele disparou a pistola de forma acidental.

Relembre o caso

Na época, o empresário alegou que estava limpando o objeto, quando retirou o carregador da pistola calibre 380 próximo da vítima e pressionou a arma, sem saber que havia uma bala na câmara. Com isso, o tiro atingiu a mulher e a matou.

Essa versão fez com que ele fosse solto e passasse a responder por homicídio culposo, quando não há intenção. A família de Débora afirmou que a jovem vivia uma relação conturbada e já havia apresentado sinais de agressões físicas. Uma semana antes da morte, ela esteve na casa da mãe e, de acordo com familiares, estava com um olho roxo.

Investigação e denúncia

Um mês depois, a delegada Roberta Bertoldo, da 2ª Delegacia de Homicídios, solicitou a prisão preventiva de Bueno e enquadrou o caso como homicídio com dolo eventual, mesmo havendo um histórico de agressões do companheiro contra a jovem assassinada.

A denúncia do Ministério Público seguiu a linha de feminicídio doloso, quando há intenção de cometer o crime.

— A violência contra a mulher é uma realidade que precisa ser severamente combatida. As provas são claras que o réu matou a vítima, uma jovem, que deixou uma criança sem mãe. Mais que isso, não a socorreu, sendo que até hoje está impune do grave fato ocorrido. O Ministério Público buscará a condenação desse brutal fato, pois o acusado é responsável e não pode seguir impune — disse a promotora Lúcia Helena Callegari, que vai atuar em plenário pela acusação.

O que diz a defesa

A defesa de Marcelo Oliveira Bueno, composta pelos advogados Rodrigo Grecellé Vares, Ezequiel Vetoretti e Eduardo Vetoretti emitiu a seguinte nota:

"A defesa de Marcelo Oliveira Bueno informa que está pronta para o julgamento que ocorrerá nesta quinta-feira, no Tribunal do Júri da Comarca de Porto Alegre.

É desejo da defesa — e do próprio Marcelo — que ele possa estar presente em plenário para prestar todos os esclarecimentos sobre os fatos ocorridos, contribuindo de forma transparente com o julgamento.

Acreditamos que o Tribunal do Júri, instituição fundamental da Justiça brasileira, terá a oportunidade de analisar com profundidade as provas que serão apresentadas por ambas as partes, acusação e defesa, e estamos confiantes de que os jurados saberão entregar a decisão mais justa e adequada ao caso concreto."

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