Quarta, 21 de Maio de 2025
19°

Tempo nublado

Redentora, RS

Geral Sinais de violência

“Aparentava ser uma criança bem cuidada”, diz diretora de escola sobre menina de 11 anos que morreu com sinais de violência no RS

09/05/2025 às 08h30
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Gaúcha ZH
Compartilhe:
Foto: Reprodução/redes socias
Foto: Reprodução/redes socias

A menina que morreu nesta quinta-feira (8) após ter costelas fraturadas, pulmão perfurado e lesões nos órgãos genitais, em São Gabriel, na Fronteira Oeste, não tinha histórico de violência. O relato foi dado pelo Conselho Tutelar do município e também pela direção da escola onde Izabelly Carvalho Brezzolin, 11 anos, estudava.

O pai da criança, de 55 anos, e a mãe, de 36, estão presos e são suspeitos de cometerem os crimes. 

Conhecida por ser uma menina tímida e quieta, Izabelly cursava o 4º ano na Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Kennedy. Conforme a diretora Vivian Possebon, nenhuma atitude suspeita por parte dos pais foi notada, nem sinais de violência na criança:

— A mãe levava e buscava a filha regularmente nas aulas. Ela morava na rua ao lado da escola, era vista brincando dentro do pátio de casa, aparentava ser uma criança bem cuidada — comentou. 

Ainda segundo a diretora, a criança era participativa nas atividades escolares:

— A Izabelly era quieta, mas participava bastante, inclusive das aulas de dança. Conversei com todos os professores, do 1º ao 4º ano e ninguém nunca notou algo. Não tínhamos ideia do que ela sofria. 

Nas redes sociais, o colégio manifestou pesar e expressou condolências aos familiares e amigos. 

O mesmo cenário foi relatado pelo Conselho Tutelar de São Gabriel. De acordo com o órgão, a família não era acompanhada e não havia histórico de agressões. O Conselho foi acionado somente após a entrada da menina no hospital de São Gabriel. 

A Polícia Civil também confirmou que não havia nenhum registro de ocorrência de violência contra a menina. 

De acordo com o delegado Daniel Severo, responsável pela investigação, o inquérito segue ainda sem definição se é um caso de estupro seguido de morte ou de feminicídio. 

— O dolo do agente (intenção) é que vai determinar o enquadramento legal final. Enquanto não saírem as perícias solicitadas, não tenho como fechar a questão — disse Severo.

O caso 

O caso aconteceu na quarta-feira (7). De acordo com a Polícia Civil, a menina chegou à Santa Casa de São Gabriel com duas costelas fraturadas, pulmão perfurado, hematomas pelo corpo, além de lesões e sangramento nos órgãos genitais. 

Os pais alegaram que a menina se machucou ao cair da cama. No entanto, a Polícia Civil considerou a versão incompatível com a gravidade das lesões. Os dois foram presos. 

Com o quadro de saúde grave, Izabelly foi transferida para o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), onde morreu na manhã de quinta-feira (8). O corpo dela foi encaminhado para necrópsia. 

Segundo o delegado Daniel Severo, ainda não há definição se o caso será tratado como estupro seguido de morte, ou de feminicídio. A definição irá ocorrer após as perícias e exames. 

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Ele1 - Criar site de notícias