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'Estamos sem chão', diz avó de bebê que morreu um ano após resgate de helicóptero durante enchentes no RS

08/05/2025 às 15h12
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: RBS TV
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Bebê de cinco meses foi resgatado de helicóptero — Foto: Reprodução/ RBS TV
Bebê de cinco meses foi resgatado de helicóptero — Foto: Reprodução/ RBS TV

O corpo do bebê Anthony Miguel, resgatado de helicóptero pelo telhado de uma casa inundada no Vale do Taquari, em maio de 2024, foi sepultado nesta quinta-feira (8). A cerimônia ocorreu em Cruzeiro do Sul.

"Estamos sem chão. Adorava andar de carrinho de mão, correr atrás do gato, dos cachorros. Vai deixar muitas saudades", lamenta a avó do menino, Solange Petry.

A declaração de óbito aponta sepse grave com choque séptico; sepse, organismo não especificado e broncopneumonia não especificada. A família não explicou se as causas da morte têm relação com as enchentes.

Nas redes sociais, a mãe Natasha Becker disse, na terça-feira (6), que Anthony estava na UTI. "É uma infecção generalizada", escreveu.

A imagem do salvamento da criança, que tinha cinco meses na época, rodou o país. Três meses depois do resgate, militares do Exército Brasileiro retornaram à região e presentearam o bebê com um modelo infantil do macacão utilizado pelos profissionais da aviação. Relembre abaixo o resgate.

O resgate de Anthony aconteceu durante a enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul. A tragédia climática deixou 184 mortos e 25 desaparecidos, além de provocar danos em quase todos os municípios e devastar cidades, em sua maioria, na Região Metropolitana e Vale do Taquari. Milhares de pessoas tiveram de sair de casa.

O Comando Militar Sul lamentou o falecimento em nota. "Neste momento de consternação e tristeza, o CMS se solidariza com familiares e amigos da família pela inestimável perda".

O resgate de Anthony

No dia da enchente, Natasha Becker estava na casa da sogra com o marido e o filho Anthony, em Cruzeiro do Sul.

Em maio, o nível do Rio Taquari atingiu 34 metros, 21 metros acima da cota de inundação. A água subiu muito rápido, dificultando a reação dos moradores.

A cheia chegou no teto da residência de Natasha, só o telhado ficou de fora. Foi lá que a família ficou por três dias, sem comida e água, até ser resgatada por uma equipe do Exército.

A família perdeu a casa, móveis e um carro com a tragédia climática.

O bebê completou um ano de idade em novembro de 2024.

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