Suspeito de matar a ex-companheira grávida com 19 facadas, Carlos Daniel de Oliveira, 24 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) nesta quarta-feira (7). O crime ocorreu em 18 de abril, em Parobé, no Vale do Paranhana.
A denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Rafael Wobeto Pinter, aponta que o crime foi cometido em razão do gênero da vítima, ou seja, foi um feminicídio, e teria sido cometido durante uma gestação.
— O caso é um "feminicruelcídio", expressão que usei durante o acolhimento dos familiares da vítima na Promotoria de Justiça, que abalou não somente a comunidade de Parobé, mas todo o Rio Grande do Sul, diante da perversidade e do completo desprezo à condição da jovem (que estava grávida) manifestados pelo autor do crime — destaca o promotor.
A denúncia afirma também que o crime foi causado com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo o MP, é requerida ainda a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados aos familiares da vítima, no valor de R$ 200 mil. A promotoria também solicitou que seja estipulada uma pensão para a filha da vítima, de cinco anos.
O crime
Grávida de três meses, Caroline Machado Dorneles, 25 anos, foi morta a facadas em Parobé, no Vale do Paranhana, na madrugada de 18 de abril. O crime aconteceu no bairro Morada do Funil.
O suspeito de cometer o assassinato é o ex-companheiro da vítima, identificado como Carlos Daniel de Oliveira, 24 anos. O homem, que tem antecedentes por tráfico de drogas, fugiu do local após cometer o crime, mas se entregou à polícia no dia seguinte ao crime.
A vítima foi encontrada caída em via pública, com diversos ferimentos de faca e já sem vida.
Contraponto
A reportagem busca contato com a defesa de Carlos Daniel de Oliveira. O espaço está aberto para manifestações.
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