O Rio Grande do Sul amanheceu mais triste nesta quarta-feira (7). Faleceu em Cruzeiro do Sul o pequeno Anthony Miguel da Rocha, de apenas 1 ano e 5 meses. Vítima de uma bronquiolite grave que evoluiu para infecção generalizada, o bebê não resistiu, mesmo após todos os esforços da equipe médica.
Anthony não era apenas uma criança. Ele era símbolo de esperança em meio ao caos. Em maio de 2024, quando o Vale do Taquari foi devastado pela maior enchente da história do estado, sua imagem correu o Brasil: com apenas cinco meses de vida, foi salvo de helicóptero após passar quase dois dias com os pais e familiares sobre o telhado de uma casa submersa, na localidade de São Miguel.
O registro daquele resgate comoveu o país e fez de Anthony um retrato vivo da força, da fé e da sobrevivência.
Meses depois, a emoção deu lugar à homenagem. Em Lajeado, o Comando de Aviação do Exército entregou ao menino um macacão de piloto infantil, reconhecendo a história que inspirou o Brasil em meio à dor de tantas famílias.
Agora, a despedida do pequeno herói traz de volta o peso da tragédia. A morte de Anthony reacende as memórias de um tempo difícil, que uniu o estado em solidariedade, mas também deixou marcas profundas em milhares de corações.
O velório e o sepultamento de Anthony acontecem nesta quinta-feira (8), em cerimônia reservada à família, marcada pela dor de uma despedida precoce, mas também pela lembrança de um menino que, mesmo tão pequeno, marcou uma geração inteira.
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