Padrasto é condenado a 20 anos de prisão por matar enteado de um ano no RS

Um homem, acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foi condenado pelo Tribunal do Júri de Viamão, nesta terça-feira, a 20 anos de prisão por matar o enteado, um bebê de um ano e nove meses. O homicídio teve como qualificadora meio cruel e foi praticado contra pessoa menor de 14 anos. O cumprimento inicial da pena é em regime fechado.

O crime ocorreu no dia 28 de setembro de 2019, após diversas agressões, o que, segundo a denúncia do MPRS, causou intenso sofrimento ao menino, que chegou a ser encaminhado para o hospital, mas morreu um dia depois. A promotora de Justiça Aline Baldissera atuou em plenário pelo MPRS. Segundo ela, o criminoso, que já respondia ao processo no sistema prisional, também terá de ressarcir a família da vítima.

Para a promotora, chamou a atenção uma queimadura no corpo da criança. A lesão indicava o formato de uma letra, fato apontado no parecer do perito responsável pelo caso. Em janeiro deste ano, o julgamento do réu chegou a ser iniciado, mas foi dissolvido porque a mãe do bebê passou mal no momento em que o acusado entrou no plenário. O casal tinha um relacionamento de três meses quando ocorreu o homicídio.

Em relação ao crime, a promotora destacou que havia evidências de violência extrema à vítima, com múltiplas lesões pelo corpo e utilização de diversos instrumentos. “Condenações como essa são importantes para evitar casos futuros de violência contra a criança, que majoritariamente são causadas em ambiente doméstico", afirmou.