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Presidente da Câmara de Vereadores de Vacaria é denunciado no Ministério Público após suposta fala homofóbica contra Eduardo Leite

15/04/2025 às 14h53
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Pioneiro
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Presidente do Legislativo, Edimar Biazzi. Foto: Câmara de Vereadores de Vacaria / Reprodução
Presidente do Legislativo, Edimar Biazzi. Foto: Câmara de Vereadores de Vacaria / Reprodução

O presidente da Câmara de Vereadores de Vacaria, vereador Edimar Santo Biazzi (PL), foi denunciado ao Ministério Público (MP) por uma declaração entendida como um ato de homofobia contra o governador Eduardo Leite (PSDB). O pedido foi protocolado na última quinta-feira (10) e está sob análise.

Em discurso na tribuna da Casa, na sessão do dia 1º de abril, Biazzi afirmou que a Constituição dá liberdade aos vereadores para expor os pensamentos e protege os parlamentares para falar o que quiserem. Foi uma menção à chamada imunidade parlamentar. Em seguida, o vereador acrescentou:

— Posso chamar aqui o Lula de ladrão sem ter problema nenhum, posso chegar aqui e chamar o Eduardo Leite de "viado" também sem problema nenhum.

O caso repercutiu não só entre os colegas vereadores, mas também nas redes sociais. A denúncia pede não somente uma investigação por homofobia, mas também o afastamento de Biazzi do mandato e a cassação ao final de um eventual julgamento. O Pioneiro procurou o vereador, mas foi informado pela assessoria que ele não vai se pronunciar.

Pano de fundo

Embora a denúncia contra Biazzi esteja baseada em um suposto crime, há, como pano de fundo, uma disputa política no diretório municipal do PL. O autor da denúncia é o primeiro suplente do PL, Vilmar Henrique Borges Chilanti. Outros colegas de partido do presidente da Câmara também se posicionaram de forma contundente contra as declarações.

A desavença no grupo ocorre desde o início do ano legislativo, com a eleição da mesa diretora da Casa. Conforme apurado peloa reportagem, um acordo partidário previa que Biazzi integrasse uma das chapas como vice-presidente. No entanto, para se candidatar a presidente, ele teria se aliado a partidos de oposição. O grupo também avalia entrar com um pedido de cassação do mandato dele na Câmara.

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