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Golpe em hospital: mulher é suspeita de se passar por enfermeira e furtar dinheiro de pacientes no RS, diz polícia

14/04/2025 às 11h11
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: RBS TV
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Polícia faz operação contra esquema de fraude de atestados de óbito na Região Metropolitana de Porto Alegre — Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Polícia faz operação contra esquema de fraude de atestados de óbito na Região Metropolitana de Porto Alegre — Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

Uma investigação da Polícia Civil de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, revelou um esquema de estelionato em um hospital que pode estar ligado ao crime organizado no Rio Grande do Sul.

A operação, batizada de Dupla Face, teve início em agosto de 2024 após a denúncia de uma vítima que teve R$ 60 mil roubados por uma mulher que se passava por auxiliar de enfermagem. A mulher também é suspeita de ter falsificado um atestado de óbito para forjar a morte do chefe de uma organização criminosa (saiba mais abaixo). Ela está presa.

A vítima, abalada emocionalmente com a internação da mãe em estado grave, foi abordada dentro do Hospital da Ulbra pela criminosa, que se aproveitou da situação para ganhar sua confiança. Dias depois, alegando poder ajudar com o acesso a benefícios do governo, ela convenceu a vítima a entregar o cartão bancário. Com os dados em mãos, retirou todo o dinheiro da conta, fez empréstimos e causou prejuízos financeiros e emocionais.

Investigação

Em agosto, durante a primeira fase da investigação, a polícia reuniu documentos falsos, carimbos médicos e uma ficha de óbito fraudada. O documento, que tinha assinatura e carimbo de uma médica que negou qualquer vínculo com o hospital, registrava a morte de um detento conhecido por liderar uma organização criminosa. A data do óbito coincidia com a do alvará de soltura do criminoso, o que levantou suspeitas sobre a autenticidade do documento e as circunstâncias da morte.

O atestado de óbito estava em nome de Maicon Donizete Pires dos Santos, conhecido como "Red Nose". De acordo com a polícia, ele tem envolvimento em pelo menos 30 homicídios, entre eles o da estudante de arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Sarah Silva Domingues, em janeiro de 2024. Maicon teria cedido os homens que participaram do ataque a tiros que terminou com a morte da jovem e de um comerciante da região.

A principal suspeita, a mulher que se apresentava como auxiliar de enfermagem, foi presa em flagrante ainda em agosto.

Nesta segunda-feira (14), a polícia cumpriu nove mandados de busca para investigar se o grupo criminoso também forjava documentos para simular mortes e esconder integrantes de organizações criminosas. Os mandados são cumpridos em Alvorada, Porto Alegre e Arroio dos Ratos.

A reportagem tenta contato com o Hospital da Ulbra.

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