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Você sabe a diferença entre as cobras coral-verdadeira e a falsa-coral? - RD Foco

No Brasil, mais de 60 espécies copiam o padrão de vermelho, preto e branco da coral-verdadeira, uma das serpentes mais perigosas.

26/03/2025 às 21h06
Por: Depto de Jornalismo Fonte: Por Redação Oeste Mais
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Cobra Simophis rhinostoma (Foto: Henrique C. Costa)
Cobra Simophis rhinostoma (Foto: Henrique C. Costa)

As cobras falsas-corais são um exemplo impressionante de mimetismo na natureza. Apesar de não serem peçonhentas na maioria dos casos, essas serpentes se aproveitam da semelhança com a coral-verdadeira, uma das serpentes mais perigosas do Brasil, para afastar predadores. De longe, ambas parecem idênticas, com corpos arredondados e listras vermelhas, pretas e brancas.

De acordo com o Instituto Butantan, existem mais de 60 espécies de falsas-corais no Brasil, enquanto as corais-verdadeiras somam 41 espécies, divididas em dois gêneros: Micrurus, predominante na Mata Atlântica, e Leptomicrurus, encontrado na Amazônia e caracterizado por algumas espécies com listras amarelas.

A diferença entre falsas e verdadeiras está em detalhes como formato da cabeça, disposição das listras e tamanho dos olhos. Entretanto, algumas são tão semelhantes que diferenciá-las a olho nu é quase impossível. Por isso, especialistas recomendam que qualquer serpente avistada seja evitada, buscando ajuda profissional caso esteja em ambiente urbano.

O veneno da coral-verdadeira é altamente tóxico e atinge o sistema nervoso, podendo ser fatal. Já algumas falsas-corais vão além da aparência e também imitam comportamentos. Um exemplo é a Erythrolamprus aesculapii, que enrola a cauda para cima como forma de defesa, assim como fazem as corais-verdadeiras. Além disso, ambas preferem ficar no solo e se esconder na vegetação.

Apesar da distinção entre falsas e verdadeiras, algumas falsas-corais são peçonhentas e podem ser agressivas. A diferença é que seu veneno é bem menos potente e não exige aplicação de soro. Mesmo assim, não se deve tentar tocá-las ou segurá-las.

Conheça algumas dessas imitadoras profissionais:

  • Atractus latifrons
  • Família: Dipsadidae
  • Onde habita: Floresta Amazônica e noroeste do Cerrado, além de países como Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Peru e Suriname
  • Peçonhenta: Não
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  • Erythrolamprus aesculapii
  • Família: Dipsadidae
  • Onde habita: Grande parte dos biomas brasileiros, exceto Caatinga e Pantanal. Presente também na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela
  • Peçonhenta: Sim (envenenamento leve)
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  • Simophis rhinostoma
  • Família: Colubridae
  • Onde habita: Mata Atlântica e Cerrado no Brasil e Paraguai, com alguns registros na Caatinga
  • Peçonhenta: Não
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  • Oxyrhopus guibei
  • Família: Dipsadidae
  • Onde habita: Cerrado e Mata Atlântica, com registros isolados na Amazônia, Caatinga e Pantanal. Também ocorre na Argentina, Bolívia e Paraguai
  • Peçonhenta: Não

*Oeste Mais

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