As cobras falsas-corais são um exemplo impressionante de mimetismo na natureza. Apesar de não serem peçonhentas na maioria dos casos, essas serpentes se aproveitam da semelhança com a coral-verdadeira, uma das serpentes mais perigosas do Brasil, para afastar predadores. De longe, ambas parecem idênticas, com corpos arredondados e listras vermelhas, pretas e brancas.
De acordo com o Instituto Butantan, existem mais de 60 espécies de falsas-corais no Brasil, enquanto as corais-verdadeiras somam 41 espécies, divididas em dois gêneros: Micrurus, predominante na Mata Atlântica, e Leptomicrurus, encontrado na Amazônia e caracterizado por algumas espécies com listras amarelas.
A diferença entre falsas e verdadeiras está em detalhes como formato da cabeça, disposição das listras e tamanho dos olhos. Entretanto, algumas são tão semelhantes que diferenciá-las a olho nu é quase impossível. Por isso, especialistas recomendam que qualquer serpente avistada seja evitada, buscando ajuda profissional caso esteja em ambiente urbano.
O veneno da coral-verdadeira é altamente tóxico e atinge o sistema nervoso, podendo ser fatal. Já algumas falsas-corais vão além da aparência e também imitam comportamentos. Um exemplo é a Erythrolamprus aesculapii, que enrola a cauda para cima como forma de defesa, assim como fazem as corais-verdadeiras. Além disso, ambas preferem ficar no solo e se esconder na vegetação.
Apesar da distinção entre falsas e verdadeiras, algumas falsas-corais são peçonhentas e podem ser agressivas. A diferença é que seu veneno é bem menos potente e não exige aplicação de soro. Mesmo assim, não se deve tentar tocá-las ou segurá-las.
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