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Pai e filho são condenados a mais de 28 anos de prisão pelo assassinato de sargento da BM no norte do RS

12/03/2025 às 09h30 Atualizada em 12/03/2025 às 10h02
Por: Depto de Jornalismo . Fonte: Rádio Uirapuru
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Créditos: João Victor Lopes/ Rádio Uirapuru
Créditos: João Victor Lopes/ Rádio Uirapuru

Os três réus acusados de participar do assassinato, esquartejamento e ocultação do cadáver do sargento da reserva da BM, Lorivan Antônio de Mattos, em fevereiro de 2022, foram julgados nesta terça-feira em Passo Fundo. Eles responderam pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e falsa comunicação de crime.

Rodrigo Flávio Domingues teve uma pena de 28 anos nove meses e cinco dias de reclusão em regime fechado.

Weliton Gabriel Domingues foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão em regime fechado.

Jonathan Itamar Hannecker Diniz foi absolvido de todas as acusações.

A família agradeceu o trabalho realizado pelo escritório Jabs Paim Bandeira, em especial ao Dr. Jabs e Dra. Bebiana por todo o apoio.

Relembre o caso

Na época do fato, foi noticiado o desaparecimento do construtor de imóveis, Rodrigo Flávio Domingues, de 45 anos, e do policial militar aposentado, Lorivan Antônio de Mattos, de 55 anos. A ocorrência teve um trágico desenrolar dos fatos, com a confissão da morte de Lorivan, pelo próprio construtor de imóveis. 

O corpo do policial aposentado foi encontrado em uma localidade no interior do município de Pontão, após a confissão do assassinato. A principal motivação do crime teria sido um desentendimento comercial em relação ao imóvel rural que estaria em negociação e que os dois teriam ido visitar antes do desaparecimento, em Tio Hugo.

Após entrarem em conflito sobre a venda da propriedade, os dois homens teriam entrado em luta corporal. Momento em que Rodrigo, teria aplicado um golpe conhecido como mata leão em Lorivan, que entrou em óbito na mesma hora.

Após a confissão do crime, por parte do construtor, as investigações seguiram e a Polícia Civil concluiu que outras duas pessoas participaram do assassinato, esquartejamento e ocultação do cadáver. A investigação apontou que o construtor Rodrigo Flávio Domingues e o filho Wellington Gabriel Domingues premeditaram o crime, com a participação de Jonathan Itamar Hannecker Diniz, funcionário de Rodrigo. A motivação seria dívidas e desavenças em negócios.

A delegada Daniela de Oliveira Minetto, responsável pela investigação, explicou que a alegação de Rodrigo, onde o mesmo informou que o assassinato se deu em uma questão de defesa durante briga, não se confirmou, pois Lorivan foi morto em Passo Fundo de forma premeditada.

A delegada disse ainda que houve toda uma montagem do sumiço dos dois para acobertar o crime premeditado. O laudo pericial sobre a causa da morte de Lorivan deu causa indeterminada, porém com sinais de asfixia.

O Júri

O julgamento aconteceu no Fórum de Passo Fundo. Na acusação esteve o promotor de Justiça, Antonio Metzger Képes. Na assistência da acusação atuaram os advogados Dr. Jabs Paim Bandeira e Dra. Bebiana Deon. Na defesa de Weliton e Rodrigo esteve o advogado Dr. Manoel Castanheira e na defesa de Jonathan atuou a defensoria pública. O Júri foi presidido pela Juíza Rosali Libardi.

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