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Noroeste do RS Caso Daiane: denunciado pelo MPRS vai a júri nesta quinta-feira, por estupro e feminicídio de adolescente indígena em Redentora - RD Foco

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12/02/2025 às 15h28
Por: Depto de Jornalismo Fonte: MP RS
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Foto: Divulgação/Polícia Civil/Arquivo pessoal
Foto: Divulgação/Polícia Civil/Arquivo pessoal

Um homem de 36 anos denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai a júri nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, pelo estupro e feminicídio da adolescente indígena Daiane Griá Sales, de 14 anos, ocorrido em agosto de 2021 no município de Redentora, Noroeste do Estado. O julgamento será realizado no Foro da Comarca de Coronel Bicaco, também na região, a partir das 8h.

O réu, que está preso de forma preventiva, responde por homicídio qualificado pela questão de gênero em si — feminicídio — e ainda por motivo torpe, fútil, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. O crime foi cometido para assegurar a ocultação e a impunidade de outro delito, no caso o estupro de vulnerável, que será julgado como crime conexo. Segundo a denúncia do MPRS, a indígena estava em uma região onde ocorriam eventos e aceitou uma carona do réu para voltar até a reserva onde residia. No entanto, ele foi até uma lavoura, onde cometeu os delitos. Além do interrogatório do acusado, estão previstos os depoimentos de 11 testemunhas. Pelo MPRS, farão a acusação as promotoras de Justiça Jaquiline Liz Staub, da Comarca, e Lúcia Helena Callegari, designada para atuar pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) da instituição.

Para a promotora Jaquiline, “o Ministério Público espera a condenação porque as provas demonstram de forma contundente que o réu é o autor dos crimes”. Já a promotora Lúcia Callegari destaca que “uma mãe não merece receber o corpo de uma adolescente de 14 anos, uma menina que está começando a vida, que tem todo um futuro, nas condições que foram recebidas. Foi um crime extremamente brutal, e a comunidade indígena, que talvez pensasse que não ia ser dada a devida importância, pode ter a certeza de que as vidas indígenas importam, qualquer vida importa”.

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