O réu Edilson Ribeiro de Oliveira, de 28 anos, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua ex-companheira Carla Karolynne Santos de Paiva, de 25 anos. O julgamento ocorreu na manhã de quinta-feira (28), no Fórum de Bento Gonçalves, e foi presidido pela juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo.
O crime, que aconteceu em 11 de maio de 2023, agravou-se pelo fato de o homem tê-lo cometido na presença da filha do casal, de apenas um ano. Além disso, durante o julgamento, ficou evidenciado que Oliveira descumpriu duas medidas protetivas concedidas à vítima. A sessão começou às 9h e terminou às 14h, com a leitura da sentença.
Entenda o feminicídio
O feminicídio ocorreu por volta das 2h30min, no apartamento onde Carla Karolynne residia, no bairro Progresso. Apesar de possuir medidas protetivas contra o ex-companheiro, Carla havia decidido dar mais uma chance ao relacionamento. Na madrugada do crime, uma discussão culminou com Edilson estrangulando a vítima.
Após cometer o crime, o réu entregou-se à polícia, levando a filha do casal consigo. Em depoimento, afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que Carla teria tentado atacá-lo com uma faca. No entanto, a perícia não encontrou indícios que sustentassem essa versão. Edilson já estava preso preventivamente na Penitenciária Estadual de Bento Gonçalves desde o ocorrido.
A condenação reforça a gravidade de crimes de violência doméstica e feminicídio. Esses atos seguem sendo uma das principais preocupações no combate à violência de gênero no Brasil.
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