O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) vai recorrer para aumentar a pena de militar da reserva condenado nesta quarta-feira, 27 de novembro, pelo Tribunal do Júri de Jaguari a 19 anos e três meses de prisão por matar um servidor municipal dentro do prédio da Secretaria de Educação e Turismo em abril de 2022. O promotor de Justiça que atuou em plenário, Eduardo Fagundes, também irá oficiar o Exército Brasileiro para expulsar o réu, que tem 60 anos de idade, dos quadros do órgão. Ele está detido em presídio militar.
O corretor de imóveis, que trabalhava na Prefeitura do município da Região Central, Gustavo Medeiros, de 28 anos, foi morto quando o condenado ingressou no prédio da Secretaria e atirou várias vezes na vítima pelas costas. Conforme o MPRS, as qualificadoras são recurso que dificultou a defesa da vítima — tiro pelas costas — e motivo torpe — pelo fato do crime ter sido motivado devido à comissão sobre venda de um imóvel. A denúncia oferecida à Justiça detalhou que o acusado estava insatisfeito com a venda de um imóvel realizada pela imobiliária na qual a vítima também atuava e que era concorrente a do réu.
O promotor Eduardo Fagundes destaca que Gustavo Medeiros, conhecido como Guga, era uma pessoa muita querida na comunidade, inclusive, houve passeata na cidade pedindo por justiça: "por isso tudo e pelo crime em si, um julgamento histórico em Jaguari em que a comunidade aplicou a justiça e condenou o réu por um ato criminoso e covarde ao desferir tiros pelas costas dentro do local de trabalho da vítima, na Secretaria de Educação. A comunidade fez justiça e concedeu o mínimo de paz e conforto para a família e amigos. A memória do Guga foi respeitada! Ainda assim, o MPRS recorrerá da pena aplicada, porquanto as consequências do crime extrapolam o normal, o que exige um aumento considerável da pena".
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