Nos próximos dias, uma nova frente fria se desloca em direção à região central do Brasil, trazendo alívio temporário para algumas áreas afetadas por calor extremo e fumaça densa. No entanto, o sistema não será capaz de dissipar completamente o bloqueio atmosférico responsável pela onda de calor que afeta grande parte do país. Assim, após a passagem da frente, as temperaturas voltarão a subir.
Chuva e queda de temperatura
A passagem dessa frente fria trará chuva para o Sul, Centro-Oeste e Sudeste. No Sul, onde a semana foi marcada por um contraste intenso de temperaturas, o sistema promoverá uma redução significativa do calor. Os estados mais impactados serão Paraná, Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul. Nessas áreas, as temperaturas cairão de forma acentuada, aliviando o desconforto do calor.
No Centro-Oeste, os destaques serão o Mato Grosso do Sul, o sul de Mato Grosso e o sul de Goiás, que sentirão a redução de temperatura no final de semana, quando o sistema alcançar essas regiões. Já no Sudeste, o sistema favorecerá a redução do calor extremo, com ênfase em São Paulo, Rio De Janeiro e sul de Minas Gerais, onde as temperaturas devem ficar mais amenas.
Bloqueio atmosférico e onda de calor persistem
Apesar do alívio trazido pela frente fria, a onda de calor e o bloqueio atmosférico não irão se dissipar completamente. O sistema que originou a onda de calor permanece ativo no centro-norte do Brasil. Após o deslocamento da frente fria para o Atlântico, a massa de ar quente voltará a se espalhar sobre os estados do Cone-Sul. Por isso, o alívio será temporário e o calor poderá retornar nos dias seguintes.
Vale lembrar que uma onda de calor não afeta apenas uma cidade ou região específica, mas engloba vastas áreas, estendendo-se por várias regiões do país.
Brasil tomado pela fumaça: vamos respirar melhor?
Com as queimadas na região central da América do Sul, abrangendo áreas do Brasil, Bolívia e Paraguai, a fumaça continuará a se espalhar nos próximos dias. O avanço da frente fria na sexta-feira ajudará a limpar a atmosfera no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, mas redirecionará e concentrará a fumaça nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Infelizmente, não há uma previsão concreta de melhora significativa na qualidade do ar, já que as queimadas devem continuar intensas.
Possibilidade de chuva preta
Outro fenômeno preocupante é a possibilidade de chuva preta, que ocorre quando a fuligem das queimadas se mistura às gotas de chuva, resultando em precipitações carregadas de partículas escuras. Esse fenômeno, comum em áreas afetadas por incêndios, pode ser observado nos próximos dias, principalmente no Sul e Sudeste do Brasil, onde a fumaça e as chuvas se encontram.
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