O projeto que pretende mudar parte do hino rio-grandense está pronto e deve ser protocolado na Assembleia, no começo de fevereiro, de acordo com o autor, o Deputado Luiz Fernando Mainardi. O parlamentar petista está propondo a aprovação de uma lei que altere o trecho “povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”, considerado racista por alguns historiadores e por integrantes do movimento negro, por, segundo eles transferir a culpa pela escravidão às suas vítimas e não aos opressores.
Esse trecho do Hino do Rio Grande do Sul repercutiu nas redes sociais depois que vereadores do PSOL se recusaram a cantá-lo durante a cerimônia de posse na Câmara de Porto Alegre, em 1º de janeiro.
Mainardi está sugerindo uma nova forma: “Povo que não tem virtudes, acaba por escravizar”. Ele afirma que o tema já vinha sendo discutido internamente no seu partido, o PT.
— Inspirei-me, entretanto, na recente manifestação dos vereadores da Capital. Procurei as vereadoras Laura Sito, de Porto Alegre, e Caren Castêncio, de Bagé, para conversar e entendemos que era o momento de propor esse debate — explica o deputado.
"Não podemos ter medo de enfrentar a nossa História e um hino não é algo imutável. Já temos muitos exemplos de reconsiderações históricas de cunho progressista no mundo inteiro", finalizou ele.
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